Geralmente, quando me perguntam como identificar um verdadeiro exemplar da raça American Bully, eu sempre responto: “Tem Instagram? Então visite o perfil do Clube Brasileiro do American Bully (CBAB). Lá você vai saber o que é um American Bully bem conformado e dentro do padrão oficial da raça”. Abaixo, explicarei a razão da minha resposta.
Uma coisa é fato: o American Bully é, simplesmente, o maior fenômeno mundial do mundo da cinofilia nos últimos tempos. Há quem diga que é ‘a raça do século’, pois desde sua instituição enquanto raça, o que ocorreu há 20, nos Estados Unidos, país de origem dos AB’s, a raça se popularizou e se difundiu a nível mundial de uma maneira tão rápida, que hoje é muito difícil, se não quase impossível, encontrar algum país onde não haja sequer um exemplar do ‘Valentão Americano’.
Entretanto, essa popularização fulminante e crescente dos American Bullies é uma verdadeira faca de dois gumes, pois, com o sucesso da raça, sobretudo no mercado Pet, criou-se em muita gente a falsa ilusão de que a criação de AB’s era um negócio altamente lucrativo e essa ideia ilusória foi tão propagada por alguns criadores de mais visibilidade no mercado e nas redes sociais, que fez o olho de muita gente crescer.
Seja por ingenuidade e desinformação, ou por oportunismo e até mesmo desonestidade, o American Bully acabou atraindo para o universo da criação muita gente que nunca na vida deveria sequer ter um cão como pet, quem dirá um canil. Muitos canis foram abertos e registrados, mas não sobreviveram por mais de um ano, pois a realidade rotineira da lida com os cães e com este mercado, termina por “selecionar os criadores” que permanecerão de pé, (como disse recentemente um amigo e experiente criador em sua rede social), pois a criação, no dia-a-dia da atividade, mostra para qualquer um que rapadura é doce, mas não é mole não.
Isso fez com que a criação e o mercado dos American Bullies ficasse saturado de exemplares fora do padrão oficial da raça, repleto de animais de procedência genética duvidosa, cães mestiços, indivíduos com problemas de saúde e até mesmo cães de outras raças sendo vendidos como American Bully por criadores sem caráter, que surfando no ‘hype’ dos AB’s, aproveitaram para enganar muita gente.
Conhecendo o CBAB
O Clube Brasileiro do American Bully foi criado a partir da união de alguns criadores espalhados por todo o Brasil, com o intuito de proteger a raça e incentivar seu crescimento de maneira ética, respeitosa e técnica em todo território nacional.
O objetivo do Clube é avaliar os cães, considerando tanto o fenótipo quanto o genótipo de cada indivíduo, para então, com base em uma avaliação técnica e criteriosa, através de um exame de DNA e da análise da árvore genealógica dos animais, identificar, microchipar e emitir um certificado, chancelando aqueles indivíduos que realmente atendam aos critérios estabelecidos pelo Clube, que seguem o que determina o American Bully Kennel Club (ABKC), a “entidade mãe” da raça. No CBAB, a emissão de certificados ocorre apenas para cães que realmente se enquadram no padrão da raça, independentemente da entidade que emitiu o pedigree do animal.
Faça parte do CBAB
Os criadores interessados em participar do Clube podem entrar em contato através do Instagram, pelo Direct, ou através do site, na aba ‘Contatos‘, clicando neste link.
Para os cães que já foram microchipados e que já tenham realizado um exame de DNA, basta enviar uma foto do pedigree, foto e vídeo do cão, e solicitar a avaliação para recebimento do certificado.
Assista ao vídeo abaixo, com o criador e membro do CBAB, Bruno Nogueira, e conheça um pouco mais sobre a proposta do Clube Brasileiro do American Bully:
