Mais uma vez, vemos um acontecimento trágico envolvendo um cão da raça pitbull sendo explorado pela grande mídia, só que dessa vez o pitbull é a vítima. Sim, o pitbull Zeus, morto durante uma operação envolvendo agentes da Prefeitura e do Ministério Público do Rio de Janeiro, é a vítima nessa história.
Mas o que se pode ver é a grande imprensa e o poder público, mais uma vez se aproveitando da má fama da raça para construir uma narrativa que coloca Zeus e o seu tutor, Gleysson Alves, como os vilões da história. Zeus foi morto durante uma operação que visava desapropriar e demolir dois prédios que estavam sendo construídos de forma irregular e que, segundo indícios levantados na investigação, era um empreendimento financiado por uma das milícias criminosas do Rio de Janeiro.
Ao arrombar a porta de um dos apartamentos dessa construção, Zeus, que estava deitado com seu dono, fez o que todo e qualquer cachorro faria se estivesse no seu lugar: partiu para cima dos invasores para defender seu território. O tutor do cachorro disse estar indignado com o acontecimento: “Ele nunca atacou, só atacou porque chegaram metendo o pé na porta. Quando eu me levantei, só escutei os tiros. Eu tava deitado, meu cachorro tava comigo no momento. Chegaram tacando o pé na porta e meu cachorro saiu pra me defender, normal de qualquer cachorro”, lamentou.
A versão oficial do fato afirma que o cachorro atacou um promotor de Justiça e que por isso ele foi abatido na mesma hora. Entretanto, o tutor do cão, Gleysson Alves e a advogada da família, Cristina Cruz, afirmam que a mordida foi superficial e que ao perceber o que estava acontecendo, Gleysson chamou seu cão de volta e que, após cessar o ataque, quando já havia dado as costas para os agentes e estava voltando para seu dono, Zeus foi morto com três tiros pelas costas quando já não oferecia mais perigo.
É incrível como todo e qualquer acontecimento que envolve os cães da raça pitbull é explorado negativamente pela grande imprensa e usado como palanque por oportunistas que só se importam em se aproveitar desses episódios para se promover social e politicamente.
O Media Pet lamenta que o promotor tenha sido atacado pelo cão e se solidariza com o tutor do animal, Gleysson Alves. A morte de Zeus é uma acontecimento muito triste e trágico. Nos colocamos à disposição para ouvir e repercutir a versão da história do tutor do Zeus, que infelizmente não foi devidamente contemplada por grande parte da grande imprensa, que só se empenhou em vilanizar o animal. Ressaltamos que o bom jornalismo se faz contemplando todos os lados envolvidos no fato e dando voz ao contraditório.
É imperativo que este caso seja minuciosamente investigado e que uma perícia técnica seja realizada para determinar a real necessidade de se executar o Zeus e se houve o uso excessivo e desnecessário de força por parte do agente responsável pelos disparos.
Cães são animais territorialistas e tendem a adotar posturas mais agressivas quando têm seu território invadido por estranhos. É absurdo e inadmissível que um animal de estimação seja assassinado por ter um comportamento instintivo e inerente à sua espécie e condição existencial.
A pergunta que fica é: “e se ao invés de um pitbull fosse um cão da raça Golden Retriever?”. A sociedade espera que os políticos que tanto se dizem defensores da causa animal, também dêem a devida atenção ao caso de Zeus, que foi morto pelo poder público. O Zeus não era um criminoso e nem fazia parte de milícia alguma, era apenas um cachorro que agiu por instinto, como qualquer cão, de qualquer raça, teria agido. O Zeus também era o amor da vida de alguém e agora está morto.
Confira abaixo o vídeo da matéria: