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Akita Inu: da quase extinção ao apogeu

De aparência imponente e poderosa, o Akita Inu é um cão de grande porte da raça Spitz, originário do Japão, onde que se destaca por ser um companheiro leal e protetor do seu território e das pessoas que fazem parte do seu dia-a-dia, o que fez com que a raça caísse na graça de várias pessoas no Brasil e ao redor do mundo, ao ponto e ganhar uma versão norte-americana.

O Akita é tranquilo e equilibrado. Um cão de guarda obstinado, persistente, corajoso e cheio de energia, mas não espere dele muito chamego o tempo todo, pois é um cão reservado e independente, que gosta de passar bastante tempo no canto dele e até mesmo próximo ao seu dono, mas quieto. Ele tem um jeito todo próprio de demostrar sua afeição.

Por ser um cão de guarda de porte grande, desconfiado e de temperamento forte, não é uma raça ideal para pessoas que não têm experiência alguma com cães e é recomendável aos inexperientes que contratem um adestrador para ter a melhor orientação sobre como conduzir sua criação, pois é o tipo de cão que, na mão da pessoa errada, pode gerar sérios problemas.

É uma raça tolerante com crianças, mas os Akitas precisam ser socializados com elas desde cedo, da mesma forma se forem conviver com outros animais, pois é um cão desconfiado, dominante e territorialista, o que pode fazer com que desenvolva tendências à intolerância e possessividade se não for devidamente manejado e condicionado.

Foto: Reprodução da Internet

Condição física

Por congregar em um corpo forte e atlético, todas as características comportamentais citadas acima, o Akita acaba sendo um cão muito utilizado por forças policiais ou como cão de guarda e proteção.

Entretanto, por mais que o Akita seja um cão que requer uma certa atenção, ele pode tranquilamente ser um animal de estimação e conviver com outros pets, com a família e até mesmo receber bem as visitas, mas para isso, é preciso preparar e condicionar o cão desde filhote.

Características

País de origem: Japão

Altura e peso do macho: de 66 cm a 71 cm na cernelha, pesando de 34 kg a 53 kg

Altura da fêmea: de 61 cm a 66 cm na cernelha, pesando de 30 kg a 49 kg

Expectativa de vida: de 11 a 15 anos

A testa é larga, com um nítido sulco frontal e sem rugas. Os olhos são relativamente pequenos, de formato quase triangulares devido à elevação do canto externo do olho e de cor marrom escuro. As orelhas são relativamente pequenas, grossas e triangulares, ligeiramente arredondadas nas extremidades, inseridas moderadamente separadas, eretas e inclinadas para frente. A cauda é vigorosamente enrolada sobre o dorso; com a extremidade quase alcançando os jarretes quando abaixada (esticada).

O Akita possui um stop bem definido (depressão frontonasal), mas não muito acentuado, com um focinho preto e grande e o fuço levemente alongado, com base larga, se afunilando em direção à ponta. É comum que exemplares da raça na cor branca apresentem falta de pigmentação.

O pescoço é musculoso e grosso, mas sem excessos ou papadas, se aprofundando até o peitoral pujante, exibindo um dorso correto e o lombo amplo, vigoroso e atlético. A cauda é espessa e alta, enroscada para cima do dorso.

Dono de uma pelagem dupla e curta, como a do Husky Siberiano, que se distinguir em duas camadas, nas quais o revestimento exterior é composto por pelos lisos e fortes e o subpelo é constituído por fios finos e profusos, logo, necessita de escovação semanal, visto que eles perdem muito pelo, e trocam de pelagem de duas a três vezes por ano. Alguns exemplares da raça também podem apresentar pelagem longa em função de um gene recessivo.  O garrote e o quadril são cobertos por uma pelagem ligeiramente mais alongada e, na cauda, os pelos sãos mais compridos do que no restante do corpo.

Foto: Shutterstock

A pelagem aceita pode ser dividida em 4 cores: fulvo-vermelho, sésamo (fulvo-vermelho com pontas pretas), tijolo ou branco. Todas as cores, com exceção do branco, devem ter “urajiro”, que é a forma como é chamado os cabelos brancos nas laterais do focinho, nas bochechas, debaixo do maxilar, no pescoço, peito, barriga, debaixo do rabo e no interior dos membros. Essa marcação característica da raça é chamada de “urajiro”.

O Akita é originário das regiões rurais montanhosas de Akita e Odate, no norte do Japão. Existem duas variedades da raça: O original, Akita Inu (Inu significa cão, em japonês), e o Akita americano, que é mais alto e tem mais densidade óssea, além de ser mais músculos, robusto e massudo. A raça é mundialmente conhecida por sua lealdade e companheirismo irrefutáveis.

A história de Hachiko

Hachiko é o mais venerado Akita de todos os tempos e ajudou a popularizar a raça internacionalmente. Hachiko nasceu em 1923 e pertenceu ao professor Hidesaburo Ueno. O professor Ueno viveu próximo à estação de trem de Shibuya em um subúrbio da cidade e ia ao trabalho todos os dias de trem. Hachiko acompanhava seu mestre até a estação diariamente.

Em 25 de maio de 1925, quando o cão tinha 18 meses, ele esperou a chegada de seu mestre no trem das quatro horas, mas o professor Ueno sofreu uma hemorragia cerebral fatal no trabalho. Hachiko continuou esperando o retorno de seu mestre.

Ele viajou para a estação todos os dias pelos próximos nove anos. Ele permitiu que os parentes do professor cuidassem dele, mas nunca desistiu da vigília na estação por seu mestre. Sua vigília se tornou mundialmente reconhecida quando, em 1934, pouco antes de sua morte, uma estátua de bronze foi erguida na estação de trem de Shibuya em à sua lealdade.

Durante a guerra, a estátua foi derretida para fabricar munições, mas uma nova foi colocada no lugar após a guerra. A partir de então, desde o dia 8 de abril de 1936, Hachiko é homenageado com uma cerimônia solene na estação ferroviária de Shibuya, em Tóquio.

Akita mais famoso do mundo, Hahiko recebeu um estátua em homenagem à sua lealdade. Foto: Reprodução da Internet.

Decadência e retorno triunfal

No início do século XX, a raça entrou em declínio devido a cruzamentos com muitos cães de outras com raças, na busca por torná-lo um cão mais alto, forte e propenso aos combates e rinhas.

Após sofrer constantes inserções de raças como Pastor-alemão, Mastim Inglês e Tosa, o Akita começou a perder as características principais das raças Spitz, o que fez com que os criadores e amantes da raça no Japão tivessem que reestruturar a raça para que ela voltasse a congregar as características físicas e comportamentais originais da raça.

A raça japonesa nativa Matagi foi usada junto com a raça Hokkaido Inu para se misturar novamente com o Akita Inu e recuperar o fenótipo de Spitz e restaurar o genótipo da raça. Os Akita japoneses modernos têm relativamente poucos genes de cães ocidentais e são Spitz em fenótipo após a reconstrução da raça, no entanto, o Akita americano descende amplamente do Akita misto antes da restauração da raça e, portanto, não são considerados verdadeiros Akitas pelo padrão japonês.

Os Akitas foram utilizados durante a Guerra Russo-Japonesa para rastrear prisioneiros de guerra e marinheiros perdidos. Durante a Segunda Guerra Mundial os Akitas foram também cruzados com o cão Pastor-alemão em uma tentativa de salvá-los da ordem do governo em tempo de guerra para que todos os cães não militares sejam abatidos. Alguns foram usados como batedores e guardas durante a guerra.

Foto: Reprodução da Internet

Em 1908, em vista dos efeitos sociais adversos, a proibição das brigas de cães foi finalmente emitida na prefeitura de Akita. Com a popularidade das lutas de cães em declínio, a mestiçagem com cães pesados europeus foi esquecida, o que ajudou a manter a pureza da raça nos anos seguintes. No ano de 1931, o Akita foi oficialmente declarado como um Monumento Natural do Japão. Há uma tradição muito interessante no país envolvendo a raça: quando uma criança nasce, recebe uma estátua de um Akita. Esta estátua simboliza saúde, felicidade e vida longa. Em 1934, o primeiro padrão japonês de raça para o Akita Inu foi listado.

O período da Segunda Guerra Mundial quase levou o Akita à extinção. Durane a guerra, os cães se alimentavam muito mal e ficavam desnutridos. Nos momentos de maior dificuldade, a população, faminta, matou e comeu muitos cães as peles dos animais eram usadas como agasalhos contra o frio.

O governo japonês chegou a determinar que todos os cães da raça ainda vivos fossem mortos no intuito evitar surtos de doenças. Para salvar seus Akitas, muitos criadores cruzaram seus Akitas com Pastor Alemão para burlar as autoridades o que comprometeu as características originais da raça. Outros, libertaram em áreas montanhosas remotas, onde viviam seus ancestrais, os cães Matagi. Destaca-se, na história, um criador chamado Morie Sawataishi, um dos maiores responsáveis pela preservação da raça e sua existência nos dias de hoje.

Após a guerra, a raça voltou a prosperar, muito em função das ações de Sawataishi e outros criadores de Akita do Japão, que começaram a se reunir, exibir seus cães remanescentes e produzir filhotes de forma a restaurar a raça, produzindo um grande número de descendentes, sem abrirem mão das características originais da raça.

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